“Fui chamada de última hora para fazer o still do clipe da Illy e da Marina Sena gravado aqui em Salvador. Dauto Galli, o diretor, não conhecia o meu trabalho e nem eu o dele. Rapidamente criei ali no bastidor uma situação para fotografar as duas e apresentar um pouco a minha estética ao diretor. Ele amou! Perguntei mais algumas coisas sobre o clipe, afinal, tinha caído de paraquedas, questionei se aquele caminho estético fazia sentido pra narrativa e em como eu poderia trabalhar as expressões delas. Depois desse encaminhamento, seguimos com a correria do set. Entre os processos complexos de um set de filmagem, Dauto sinalizou que ele imaginava a capa nessa ultima cena. Veja bem, ultima cena… tempo apertado… Eu olhei em volta, sem assistente, apenas eu e minha câmera. Observei a luz, os objetos, peguei um três tabelas correndo, subi e fiz as fotos. Foram exatamente quatro cliques. E então gritaram: Maria! Precisamos ir, precisamos desmontar o set! Eu olhei para a câmera e disse: Eu tenho a foto!! (embora quisesse trabalhar um pouquinho mais as poses delas).
Essa capa foi feita em, literalmente, dois minutos, eu bambeando num três tabelas e com fé total no foco automático (não conseguia enxergar o monitor porquê meus braços estavam muito altos). Mas rolou e eu sou muito orgulhosa desse trabalho. “

@_mariamango