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O projeto gráfico visa revisitar a trajetória da Maloka, de uma época difícil em SP, até sua atual fase em SC.
Pensei nisso como camadas, uma transição conturbada para ela, por isso os recortes irregulares, que são como lapsos de memória. Cada recorte seria um pouco do que ela absorveu nessas ‘Ruas Grafitadas’.
Mas antes disso, tinha o pedido de usar de alguma forma os desenhos feitos pelo @grafitemonstro. Foi difícil para decidir em como expressar visualmente tudo isso no começo, pois eu tinha uma ideia de que grafite e pixo seriam a solução ideal, mas ainda não batia com as letras e a sonoridade do disco, faltava algo. Então pensei naquela história conceitual que citei acima.
Acho que cada assunto ali nos recortes faz com que cada pessoa, ao olhar e ouvir as músicas, entre na sua própria concepção sobre ruas grafitadas. Tem muitos sentimentos e referências ali, e a principal é de que, assim como o grafite e os pixos, a Maloka tinha algo a dizer, precisou se expressar e deixou a sua marca.
Fiz as colagens, apliquei as ‘ilustras’ em uma parte, visando deixar bem com cara de pixo underground e retrabalhei uma delas para a arte impressa no CD físico. No final ficou como se fosse um diário dela, feito a mão, na boa e velha maneira do faça-você-mesmo.
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