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Eu sempre fui amante das artes plásticas. Conheci o trabalho da Virgínia Di Laura, me apaixonei de imediato me identificando muito com a estética de suas obras. Depois de alguns meses, ainda no processo de construção do Ep. Olhos Negros, tomei coragem de convidá-la para fazer parte da criação da capa e ela topou. Nosso contato sempre foi pelas redes sociais por conta da distância, somos da Bahia, eu de Salvador e ela de Barra do Choça, residindo atualmente em Porto Alegre, RS. A distância não impediu nossa conexão, pois ela escutou as músicas e mergulhou junto comigo na proposta. O que acho genial do seu trabalho é sua forma livre! Ela é arte, tudo nela é arte, é muito original, e explicando é bem melhor.
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@william_ife_

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A arte para mim é um lugar que posso expressar meu imaginário, minha visão de mundo-vida, o que perpassa, atravessa, me afeta, o que me desassossega. Estamos sempre sendo atravessados e atravessando. O corpo, a poesia, é muito presente no meu trabalho, mesmo quando ausente, desde a palavra corpo, desde a palavra poesia. Até a palavra é um corpo no meu fluxo. Meu processo criativo é livre, o principal não é o suporte, nem técnica por assim dizer, as ideias, as questões, as ruminações, é o principal, a partir disso tudo vai se alinhando e desalinhando, as vezes a pintura abraça melhor a ideia-poética-narrativa, as vezes a fotografia, as vezes o vídeo, as vezes a interferência, as vezes a palavra escrita, as vezes uma coisa puxa a outra, ou se abre para outra ideia, as vezes uma ideia se abraça bem em diferentes suportes.
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@pedra.queandou