“Absolutamente tudo nessa capa foi pensado, inclusive (e talvez principalmente) os vazios. “Corpo no Infinito” é um EP que traduz em música os primeiros estágios da ansiedade, que são sempre os mais perigosos: a luta constante contra o afogamento, uma busca pela limpeza mental – que por muitas vezes é falha, mas nem por isso, esquecida -, culminando na vontade aprender a viver em meio ao caos e de agrupar as vivências semelhantes pra remar contra a maré juntos.
Era natural que esse movimento de tradução se desdobrasse pro visual e, obviamente, pra capa. Fazendo minhas pesquisas, descobri que o marrom é uma cor tida por muitos como aquela que traz a vontade de anestesiar tudo que é desagradável e repulsivo. Daí não teve dúvida, foi a cor que direcionou todo o resto do processo por conta de, mais uma vez, traduzir. E, claro, em meio ao mar amadeirado (e infinito!) do fundo, a minha figura surge tímida, vulnerável, basicamente adormecida, entregue ao inconsciente. Como se lutasse contra todo o contexto que a cerca. Anestesiando tudo que é desagradável e repulsivo, mesmo sabendo de sua dimensão infinita. E de quebra se conectando e criando redes com quem também “foge do fim do mundo”, como na quaurta faixa, “Loop”.
De fato, uma capa cheia de espaços vazios que são preenchidos pela música. A nossa cabeça parece ser tão completa de pensamentos etéreos, subjetivos, complexos, e disformes, mas que geram um peso significativo. O objetivo era identificá-los, botar uma lupa na ferida, pra daí conhecê-los”
Capa
Foto:
Leonardo Hladczuk @hldczk
Figurino e styling:
SORO @soroinmyveins
Lettering:
Rodrigo Saminêz @ocientistaperdido
Equipamento e estúdio:
Colméia @colmeiafotografia
Lançamento
Corpo no Infinito
O Cientista Perdido
@ocientistaperdido
Música, letra e produção musical
O Cientista Perdido
Mixagem:
Gustavo Halfeld @gustavohalfeld
Masterização:
Bruno Giorgi @bruno_giorgi_oquarto
Distribuição:
Ditto Music @dittomusicbrasil
2021